Melhores da semana, de 18/03/2013 a 22/03/2013
Ao ser preso, jovem disse que só fez isso para poder melhorar seu personagem em um MMORPG.
Por Matheus Gonçalves
Um rapaz de 19 anos, morador da província de Zhejiang, na China, foi preso no começo deste mês após ser flagrado vendendo drogas. A razão para esta atividade, segundo o traficante, seria poder comprar itens mais poderosos em um jogo online, conseguindo assim vantagens em partidas player-versus-player.
O jovem, de sobrenome Wang, trabalhava como atendente de um cyber café e abandonou a escola para poder seguir seu “sonho”, que no caso seria não fazer nada além de suprir seu vício em videogames.
De acordo com o relatório policial, Wang passava o dia todo, mesmo em horário de trabalho, jogando alguns MMORPG (Massively Multiplayer Online Role-Playing Game). Em um destes games, a batalha de confronto direto, conhecida como player-versus-player, era muito importante.
Aparentemente ele tinha bons conhecimentos e habilidades no jogo, mas ainda existiam jogadores melhores que ele.
Para poder vencer seus oponentes, o jovem continuou treinando até se tornar o melhor sem fazer nada ilícito, certo? Errado!
Ele queria poder juntar dinheiro e comprar as ferramentas adicionais para seu personagem. Algo fácil e rápido.
Seu patrão, Lao San (que aparentemente é um primo de Kung Lao), apresentou então o mundo das drogas, no qual ele poderia ganhar até US$ 24 por cada grama de metanfetamina vendida para outros jogadores do estabelecimento.
O rapaz, em um momento de fraqueza insanidade, aceitou a criminosa tarefa.
Mas essa carreira (opa!) de traficante não durou muito. Um dos clientes foi preso e, durante a investigação, apontou Wang como o fornecedor da droga. Aí foi questão de horas até que os policiais encontrassem a LAN house e, consequentemente, as provas do crime.
O tráfico de drogas é considerado um crime gravíssimo na China, passível de pena de morte – tanto por fuzilamento, quanto por injeção letal.
E essa punição severa pode ser aplicada a qualquer pessoa, de qualquer país. Para se ter uma ideia, em 2009 o empresário Akmal Shaikh, paquistanês com nacionalidade britânica, foi executado pelo mesmo crime.
E antes que façam uma caça às bruxas, é importante lembrar que nem todo jogador de MMORPG é criminoso. E que o chinês só foi compelido ao tráfico por ter algum problema de personalidade. A minoria dos jogadores de games assim apresenta algum tipo de problema.
Para mais informações sobre o vício em games, recomendo essa reportagem feita por mim e pelos colegas Daniel Pavani e Jacqueline Lafloufa, para a Geek Online, em 2011.
(via QQ Games)
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