Curiosidades,Science

Cérebro de Neymar trabalha no piloto automático, dizem neurologistas japoneses

25 jul , 2014  


Passada a Copa do Mundo (e não é que teve?), depois da festa da Alemanha e do sacode que a Seleção Brasileira levou, vou misturar aqui dois conceitos que muito me agradam: Futebol e Ciência.

Por Matheus Gonçalves

Pois é, pois é, pois é, bem vindos amigos do Toad.com.br, fecham-se as cortinas do espetáculo, mas como o mundo científico é curioso por natureza, perguntas surgem e inicia-se a busca pelas respostas.

A gente sabe que o Neymar é um atleta diferenciado, que faz coisas que nem todo jogador consegue.

“Como jogar quadribol?”
 

 
Também, mas refiro no que ele faz dentro dos gramados mesmo.

“Então você se refere à magia da simulação??” – Não, de magia e simulação, outros jogadores conseguem se destacar tanto quanto Neymar:
 

 

Ok, voltando ao Neymar, estou falando dos dribles rápidos, chapéus, chutes de diversas distâncias, passes e todas as coisas que irritam os raters do cara. Sim, tem gente que acha que o Neymar é só mais um…

Cada um cada um, eu respeito sua opinião, apesar de achar que você não entende nada de futebol. (hahahahahahahaha desculpe).

Mas… como ele consegue isso? Foi a pergunta que um grupo de neurologistas japoneses também fizeram. E resolveram investigar.

Em fevereiro eles mediram as atividades cerebrais do atleta do Barcelona e descobriram que, comparado ao que foi medido em atletas amadores, ele usa cerca de 10% menos funções cerebrais quando executa movimentos como girar no próprio eixo em um drible.

Os números surpreendem por serem muito diferentes de outros jogadores de futebol da Espanha, por exemplo, mas também alguns praticantes de outros esportes, que participaram do estudo.

>> Ouça também: Ciência e Futebol no SciCast

Depois de avaliar os resultados, os cientistas concluíram que a qualidade de Neymar implica no uso de muito instinto e respostas físicas instantâneas, como se o cérebo já estivesse em modo de piloto automático quando ele decide o que fazer com a bola.

“Descobrimos isso nas imagens de Ressonância Magnética que a atividade cerebral de Neymar revelou. É possível que a genética seja um papel importante, ajudada pelo tipo de treinamento que ele faz.” – supôs Eliichi Naito, um dos pesquisadores japoneses que participaram da pesquisa.

E em outra entrevista, para o jornal japonês Mainichi Shimbu, ele disse: “Uma menor atividade cerebral neste caso significa menor custo e menor desgaste, o que permite a ele executar mais movimentos complexos ao mesmo tempo.”

Segundo os neurologistas, esse resultado também é o esperado em outros jogadores, como Cristiano Ronaldo e Messi, mas estes atletas não fizeram parte dos testes de fevereiro.
 
Neymar-in-Action-7
 
Ou seja, o cara quando joga entra em uma espécie de transe, no qual os movimentos simplesmente acontecem.

Dadas as proporções aqui, e ciente do imenso abismo técnico e valor enquanto ídolo brasileiro que há entre os dois, me lembro de outra pessoa que também passava por algo parecido quando atuava, nesse piloto automático, e levava felicidade para o torcedor brasileiro:

[via AFP Japan, Yahoo Sports, Human Neuroscience]  


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