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Conheça o Valkyrie: o primeiro robô super herói da NASA que poderá te salvar de desastres

12 dez , 2013   Video


NASA desenvolve um androide para competição da DARPA entre robôs que poderão salvar vidas.

Por Matheus Gonçalves

Alguns de vocês já devem ter ouvido falar do The Robotics Challenge uma competição promovida pela DARPA para equipes de software e hardware que desenvolvem sistemas robóticos capazes de ajudar os seres humanos em desastres naturais ou provocados pelo homem. Bacana né? Pois é!
 

valkyrie

 

Para participar da brincadeira, a equipe do Johnson Space Center, da NASA, desenvolveu o Valkyrie: nada menos que um robô humanoide com quase 1,90m de altura, pesando 125 quilos, com braços removíveis, sonares, sensores de temperatura, geo-localização e câmeras, móvel e ágil o suficiente para entrar e sair de zonas de desastre, com funções de busca e salvamento. E, bem, um círculo brilhante no peito que remete a um certo personagem Marvel.

Na verdade, pela descrição do autômato, me parece um crossover entre o Homem de Ferro, Power Rangers e os Cybercops. Seus criadores afirmam que é muito fácil operar o robô, mesmo por alguém com pouca experiência no manuseio de equipamentos assim. Suas peças são modulares, o que significa que elas podem ser substituídas rapidamente. Um novo braço, por exemplo, pode ser instalado em apenas dois minutos.

O Valkyrie tem uma grande liberdade de movimento, especialmente de seus braços e pernas, além de suas mãos com três dedos (incluindo um polegar opositor, conhecido pela gente como dedão!), o que lhe dá a habilidade de lidar com objetos de uma maneira muito parecida com a exercida pelo ser humano.

Uma vantagem sobre seu principal competidor, o Atlas da DARPA, que funciona preso a cabos, é que o robô da NASA possui uma bateria removível relativamente leve em suas costas. Isso possibilita que ele se movimente em ambientes abertos. Todavia sua autonomia é de apenas uma hora. Contamos aqui, no futuro, com o avanço de supercapacitores para que esses robôs consigam trabalhar por mais tempo. Quem sabe?

Outra vantagem é que, além de suas várias funções práticas de resgate, em vez de se parecer um Exterminador do Futuro derretido, o Valkyrie parece amigável e convidativo, com um exterior literalmente fofo, pois sua armadura foi criada com uma espuma resistente ao fogo. Na verdade, como estamos falando da NASA, assumimos que essa abordagem foi proposital, como explica Nicolaus Radford, líder do projeto:
 

“Nós levamos nossos tecidos muito a sério. Nosso robô é acolhedor. Se você olha ele por um instante durante seus trabalhos, você não sente que ele é feito de um metal gelado. Você quer que ele te pareça natural, algo próximo do que sentimos ao trabalhar com outro ser humano. As roupas, a armadura que colocamos no robô passa essa impressão, de algo mais confortável de se estar por perto.”

 
Foram nove meses entre o projeto e sua construção, incluindo as duas semanas de paralização do governo dos Estados Unidos. Cinquenta e cinco pessoas trabalharam em turnos agressivos para mantar o “Bunker” funcionando das 7h da manhã de um dia, às 5h da manhã do outro, todos os dias. Ou seja, a equipe tinha apenas duas horas de descanso, durante nove meses. Tá parecendo alguns projetos críticos de desenvolvimento de sistemas que eu já trabalhei.
 

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Apesar da loucura de se construir um robô tão complexo em tão pouco tempo, Radford está confiante de que o Valkyrie será capaz de executar ações que poderão, de fato, salvar vidas no futuro. Um super-herói robótico, mas na vida real. “Se vale a pena fazer, que façamos da forma mais legal possível”.

É Radford, ficou muito legal, mesmo! Parabéns a todos os envolvidos.

Bom, sabemos que o Valkyrie foi projetado para a competição, e não há garantias de que ele vá um dia entrar em serviço no mundo real, já que ele vai ter que ser aprovado pela DARPA, contar com seu lobby e conseguir apoio financeiro do governo dos EUA. Mas é certo que ele é vital para os planos a longo prazo da NASA para a exploração de Marte. Robôs como este podem certamente nos ajudar a estudar melhor o planeta vermelho.

Agora, e você? Acha que no futuro poderemos contar com robôs humanóides no resgate de seres-humanos? Ou na sua opinião isso não vai sair dos laboratórios da NASA e da DARPA tão cedo? Deixe sua opinião nos comentários.

[via The Verge, Engadget e NASA]

 


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