Um coral de aparelhos Android toca (ou canta) Beethoven. Aperte o play.
Com tela maior, processador mais rápido, visual mais bonito, e ainda assim com o mesmo preço, a Motorola apresenta a nova geração do Moto X.
Por Matheus Gonçalves
Durante quase um ano o Moto X reinou soberano com principal expoente entre os aparelhos Android, muito por conta da mãozinha que o Google colocou nele e por causa da sua excelente relação custo benefício.
Mesmo com um hardware mais modesto, o Moto X consegue prover uma ótima experiência do sistema do robô, de uma forma que o coloca como um produto de ponta no que tange a sua usabilidade.
E hoje a Motorola anunciou a segunda geração do Moto X, que vai se chamar: Moto X. Sim, nada de Moto X+1, ou Moto X2. Moto X.
Nos Estados Unidos a política de preços será mantida como ela está hoje: ele vai estar disponível em setembro por US$ 499 para os aparelhos desbloqueados de 16GB, ou por US$ 549 no caso do smartphone com 32GB.
No contrato de operadores como a AT&T, será possível adquirir o novo Moto X por US$ 99.
A Motorola mudou bastante coisa nesta nova versão.
Primeiro que todo o acabamento e parte externa do frame é feita de metal. Isso por si só já deu outra cara pro modelo.
E sem antennagate. Os especialistas garantem que a recepção não vai sofrer com isso.
Um caso no qual se aprende com os erros alheios. Nice move. É bom ver essa preocupação com os detalhes.
Mas sua tela também está maior, contando agora com 5,2 polegadas, contra as 4,7 polegadas do Moto X atual.
Imediatamente eu pensei que isso seria um problema pra quem não gosta destas telas gigantes, o que era um grande atrativo no caso do Moto X.
Mas a empresa, novamente, fez um excelente trabalho.
O celular cabe na mão e o dedão alcança as extremidades sem maiores complicações, com uma pegada ainda muito interessante, mas podendo mostrar muito mais coisa evidentemente.
Aliás, essa tela é AMOLED, com consumo de bateria melhorado (se comparado ao já muito eficiente SAMOLED), full HD com resolução 1080p.
Apesar de achar um número bonito, gosto dele para uma TV. Não sei até que ponto isso faz tanta diferença no visor de um smartphone.
Ao menos não pra mim. Sei que pra quem joga, ou assiste filmes no celular isso pode sim ser um atrativo, mas em geral, vejo isso apenas como “nossos números são tão bons quanto os dos concorrentes”.
O Moto X original tinha 720p, para efeito de comparação, e já fazia um trabalho muito bom.
Na parte de trás, eles mantiveram o espaço côncavo com o logo da empresa, já que ele foi muito bem recebido pelos usuários.
Se você já teve a oportunidade de usar o Moto X por algum período, sabe que isso ajuda a segurar o aparelho confortavelmente.
Ele conta com um processador Snapdragon 801 de 2,5GHz, com quatro núcleos de 32-bit. Sim, eles não adotaram o 64-bit ainda, mas não acho que seja um deal-breaker. Trata-se já de um ótimo poder de processamento.
Será possível customizar o Moto X através do já conhecido Moto Maker.
A novidade na estética fica por conta das partes traseiras que vão poder receber proteção com couro, em até quatro tons de cores diferentes. Maior durabilidade, maior customização.
Uma das coisas que sempre me incomodou nos aparelhos da Motorola são as câmeras.
A empresa tem uma má fama – com razão – de não oferecer recursos de imagem de ponta.
E, infelizmente, o novo Moto X não será uma exceção. Ele conta com praticamente o mesmo conjunto de lentes do aparelho original, mas capaz de produzir imagens de 13 megapixels, contra os 10 do Moto X anterior.
Sinceramente, essa é uma “melhoria” que não faz a menor diferença pra mim.
Como megapixel é tamanho e não qualidade, o resultado é que as fotos terão praticamente a mesma definição, mas agora vão ocupar mais espaço de armazenamento.
Pra contrabalancear isso, a Motorola trouxe alguns novos recursos: captura em 4K, controle da câmera por voz, um modo que tira várias fotos e escolhe a melhor, automaticamente, baseado no sorriso ou olhar das pessoas, ou no foco dos objetos (sim, como a Samsung já faz para os Galaxy).
O flash tem uma coisa legal: ele fica ao redor da lente e funciona de forma a preencher a luz do ambiente piscando rapidamente, sincronizado com obturador, duas ou três vezes, em vez de uma vez só. E em forma de anel.
E com o novo processador, tudo isso é feito praticamente sem lags. A câmera funciona pra foto ou vídeo instantaneamente.
O novo Moto X será vendido com o Android 4.4.4 KitKat, com a promessa que ele vai receber o Android L assim que ele estiver disponível.
E sabemos que a customização do Android do Moto X é muito boa.
É praticamente um Android puro, mas com o Active Display (que está sendo renomeado para Moto Display), que é realmente útil.
Para quem não conhece, é um software que te ajuda a ser mais produtivo ou a dormir melhor, ou a dirigir de uma forma mais segura, reconhecendo de forma automática quando você está ao volante, interpretando ligações e mensagens enquanto você está em reunião e colocando o aparelho em modo silencioso nos horários nos quais você costumeiramente vai dormir.
Além, claro do Google Now em seu funcionamento pleno. A casa do Google Now é o Moto X.
Curiosidade: dentro da Motorola, alguns funcionários já confidenciaram que em vez da frase “OK Google Now”, para ativar os comandos, eles têm usado “OK Jarvis“. 🙂
Outra funcionalidade legal é que este novo modelo conta com dois sensores infra-vermelho na parte inferior, que reconhecem gestos sobre o aparelho.
Isso permite que você leia suas notificações sem que a tela inteira precise ser ativada ou algum botão precise ser apertado.
Isso significa economia de bateria. Bem legal.
Tenho certeza que, dentre as pessoas que gostam do Android, ele vai fazer muito sucesso.
Veja abaixo dois vídeos do site The Verge com uma cobertura excelente sobre o novo Moto X e a preocupação da empresa em manter no modelo a melhor experiência de uso do Android:
[via The Verge, BGR e Motorola]
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